sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

As origens hoje contestadas da teoria microeconômica

Nos cursos de microeconomia ministrados na graduação, em geral, se aprende a microeconomia reducionista. É isto que o Professor da USP Eleutério F. S. Prado sustenta em seu artigo "Microeconomia reducionista e microeconomia sistêmica".

O estudo da microeconomia busca avaliar e sistematizar o comportamento dos agentes econômicos, sejam eles indivíduos, empresas, ONGs ou outras organizações que participam ativamente do giro econômico. A compreensão do comportamento dos agentes e dos mercados onde interagem é essencial para a formação do economista.

Decisões como o que comprar, quanto poupar, onde e quantas horas trabalhar, que preço cobrar por determinado produto e que estratégia adotar para aumentar as vendas; somente como exemplo, são estudadas pelos microeconomistas (Microeconomia - Biblioteca Valor - é um livrinho de bolso, para quem deseja ter uma brevíssima introdução ao assunto).


*O livro acima é considerado um dos melhores livros de Microeconomia para Graduação

A microeconomia reducionista tem origem na virada do século XIX para o XX. Economistas neoclássicos optaram por modelar o assunto através de identidades matemáticas. Para facilitar a modelagem, criaram uma série de pressupostos - os quais são questionados hoje.

Os pressupostos centrais são:
1) Agentes agem unica e exclusivamente de maneira racional;
2) Agentes possuem informação simétrica e completa (pode obter qualquer informação a custo zero).
3) - Consequência direta do item 2 - não há custos de transação.

Nos próximos dias falarei especificamente de cada um destes itens, explicando seus conceitos originais e mostrando os avanços realizados no questionamento destas hipóteses.

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