terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O SPFC as vezes me decepciona

A troca, ainda que por um ano, entre Arouca (São Paulo) e Rodrigo Souto (Santos) é questionável.
Arouca foi titular em boa parte da campanha do Fluminense vice-campeão da Libertadores em 2008. É jovem e tem um futuro promissor. Não teve muita oportunidade em 2009. No fim do ano, após várias expulsões no tricolor, ganhou algumas oportunidades e jogou bem.

A diretoria tricolor está contratando a rodo. Diz que seleciona bem os contratados. Eu discordo. Algumas contratações são pontuais e dignas. Outras são apenas jogadores baratos, sem contrato. Eu sinceramente duvido das credenciais do Renato Silva; assim como de André Luiz, recém contratado. Não falarei do Xandão, pois vi apenas dois jogos dele.
Se fosse pra contratar na zaga, sou favorável a contratação de Luiz Alberto, que no mesmo Fluminense de 2008 fez dupla consistente com Thiago Silva (hoje no Milan).

Tomara que caia o pedestal da diretoria e que esta aceite que o São Paulo é um bom time, apesar da ausência de resultados em 2009. E contratar meio-time não resolve muita coisa...

domingo, 17 de janeiro de 2010

Mais uma lição do Tostão

Já estou a ponto de acrescentar em minha descrição, no canto direito da página: exímio fã de Tostão.
Este grande personagem brasileiro escreveu com tinta de ouro na Folha de hoje:

"APRENDI na medicina, mais como médico e professor do que como aluno, que não se deve transportar o que está escrito nos livros para todos os pacientes.
Os sintomas do doente, que são só dele, é que devem ser comparados com o que está nos livros. Dois pacientes com a mesma doença são diferentes. O doente é que tem de ser tratado, e não a doença."

A lição vale para qualquer área. Em geral, se aprende a seguir o manual, independente da área ou ramo.
No campo econômico, por exemplo, há o velho debate: ortodoxos x heterodoxos. Cada um com seus prós e contras. Mas são poucos os analistas que interpretam os problemas com maestria, questionando suas raízes e propondo soluções criativas.

É claro que o pior debate econômico é aquele que se dá no campo político e que a maioria da população tem acesso. É aquele que diz: "A China cresce 20% a. a. e a Índia 10%"; emenda "o que precisamos é de representantes com coragem, que consigam fazer as mudanças necessárias"; e sempre terminam com "O Brasil tem que decolar". Analogias e sinônimos são válidos.

Se alguém quer brincar com manuais e mundos ideais, recomendo o game SimCity...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Políticas públicas

Antes de mais nada, o conteúdo desse post é puro palpite. Trata-se apenas de um questionamento.

Sobre políticas públicas, em minha experiência campo-grandense, normalmente convivo com dois tipos de opiniões:
1) Aqueles que as aprovam incontestavelmente, em geral dependentes da mesma;
2) Aqueles que as reprovam da mesma maneira, em geral acham que não dependem destas.



Não vou voltar a velha discussão do papel do estado. O princípio da conversa é o fato de haver problemas na sociedade brasileira. Nos noticiários vê-se vários destes (fome, crime, ausência de educação e saúde, etc.).
Vou pegar dois temas controversos. Ambos são de origem puramente econômico-social; e ambos seriam solucionados com o já desgastado investimento em educação. Os temas são Bolsa-Família e Legalização do Aborto (é loucura falar disso apenas superficialmente, mas não custa tentar).

O Bolsa-Família é a solução unificada para alguns problemas. São eles, principalmente: Fome e trabalho infantil. Sabe-se que muitas crianças carentes vivem em condições adversas e ao invés de estudarem, têm de trabalhar para ajudar no sustento da casa.

A legalização do aborto é parte de uma política conjunta, que visa sobretudo a saúde da mulher e que têm eficácia comprovada em outros interesses sociais, como gastos com saúde e criminalidade.

Argumentos a favor e contra ambos os assuntos são facilmente encontrados na web.

A raciocínio que se deve fazer é: Temos um problema social grave (pode ser qualquer um destes). Devemos deixar que a sociedade/mercado o resolva? Ou devemos adotar uma política pública, ainda que esta não resolva o problema?

As crianças que trabalham - será que devemos esperar alguém, por livre e expontânea vontade, ajuda-las? A sociedade vai resolver o problema de, digamos, três quartos dos jovens que trabalham e não estudam?
Aos que responderem afirmativamente, acordem! Daqui a 20 anos teremos jovens como estes sem estudo, tendo muitos filhos e, quem sabe, no mundo do crime. E aí entra a questão do aborto, a qual não me extenderei.

Por que não fazer uma política pública visando amenizar tal problema? Quais são os ônus e os bônus pra sociedade? Vamos gastar quanto para ajudar quantos por cento da população? Essas são as perguntas corretas. Nenhuma política pública pretende acabar com 100% dos problemas.

Isso não quer dizer que não haja interesses políticos nos programas. Termino com a questão:
Se o benefício social é maior que o custo (incluindo o político), por que apenas observar?

sábado, 9 de janeiro de 2010

Escrever sobre futebol

Quem acompanha o blog sabe que para chegar ao nível de escritor ainda me falta muito treino.
Como estarei parcialmente ausente até minha completa instalação em Ribeirão Preto, indicarei alguns escritores esportivos, sobretudo "futeboleiros" (existe isso?).

Na folha de São Paulo, escreverm dois "grandes": Tostão e Juca Kfouri. O último também tem um blog (clique aqui). No site da ESPN há excelentes blogueiros também. Recomendo dois, em especial: Marcos Caetano e Mauro Cezar Pereira (links aqui).

domingo, 3 de janeiro de 2010

Determinismo revisado

O livro O andar do bêbado de Leonard Mlodinow é realmente muito interessante. Recomendo. Mlodinow é físico e já publicou com Stephen Hawking. O título remete à imprevisibilidade existente não somente após o consumo de álcool, mas em todas as situações da vida humana.

O livro é fácil de ler e não custa muito (basta pesquisar). Mesmo aproveitando as férias, com direito a praia e passeios, o li em cinco dias; e essa leitura me fez mudar um pouco minha visão sobre escolhas profissionais e sucesso. Eu havia esquecido de algo importante: a sorte. Sem esta não há sucesso profissional, em qualquer área.

A sorte, ao ver de Mlodinow, é estatística. Nossas histórias são repletas de acaso – somatórios de ações nossas e de outras pessoas – o qual gera um leque de possibilidades nas nossas vidas. Portanto, ao escolher uma profissão, mesmo se empenhando muito, você poderá não ser bem sucedido. Por mais que a probabilidade de ser bem sucedido seja, digamos, 90%, ainda há uma chance em cada dez de algo sair dos planos. Isso não é motivo para desistir, pelo contrário. O esforço aumenta as probabilidade de sucesso.

São várias as histórias que ilustram o texto. É um material riquíssimo para quem está estudando a disciplina introdutória de estatística.

sábado, 2 de janeiro de 2010

2010

Volto das férias com uma mistura inusitada de sentimentos. Isso mesmo: sentimentos.
Mas isso é conversa para outro blog (ver aqui). Por enquanto voltarei aos velhos temas de sempre: futebol, cotidiano e economia.

E como ainda sou novo nesse lance de escrever, vou apenas sugerir um link que descreve bem o ano de 2010, ao menos no futebol. O texto é do Marcos Caetano e realmente vale a pena ler. Basta clicar aqui.