segunda-feira, 5 de abril de 2010

A pressão sobre a próxima reunião do Copom

O Boletim Focus desta semana aponta nova alta na expectativa de inflação para 2010. O IPCA (índice utilizado no controle das metas de inflação) tem altas consecutivas a 11 semanas seguidas e o mercado agora aposta em 5,18% para 2010; IGP-DI e IGP-M também apresentam altas - estes a 12 semanas consecutivas. Isso a pouco mais de 3 semanas da última reunião do Copom. Teria Meireles optado por uma estratégia puramente eleitoral? E agora que desistiu da eleição, irá aumentar os juros?

É consenso que esta alta virá na próxima reunião. A dúvida é no tamanho da paulada: 0,5%; 0,75% ou, quem sabe, 1%?


De qualquer maneira, a motivação do post não é essa. Chamo atenção para um assunto correlato.
Até que ponto o mercado decide o futuro do país? É claro que o mercado é fator determinante - se não principal - na construção do país. Mas o que define os juros é a expectativa do mercado ou a expectativa do Bacen? Ou são ambas a mesma coisa?

Na faculdade escutamos muito sobre profecias auto-realizáveis. O caso do juro brasileiro é o segundo melhor exemplo para a definição (a primeira continua sendo a corrida aos banco em uma "fofoca" de quebra). O mercado vai semana a semana mandando suas expectativas ao Bacen e este utiliza essas expectativas para formar as suas. Não há dúvida disso. Aonde ficariam as projeções dos analistas do Bacen? Teria o Bacen condições de nadar só contra a maré?

Gostaria de ter as respostas...

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