sexta-feira, 11 de março de 2011

Números não tão conclusivos sobre o mercado imobiliário

Esperava encontrar algo mais sólido sobre preços dos imóveis - como um índice de preços, mas não há fontes confiáveis disponíveis.
A impressão sobre o mercado imobiliário continua sendo uma impressão. Os números apontam a favor, mas não se pode concluir convictamente a favor da hipótese de mercado sobreaquecido. Além disso, quando se trata de mercado de imóveis, devem ser verificadas variáveis de fluxo (como a renda) e variáveis de estoque (como a riqueza acumulada). Ambas as fontes pressionam a demanda por imóveis. Outro problema é o atraso na disponibilização dos dados. As últimas informações sobre estoque de capital fixo para construção é de 2008. Minha percepção é de que o aquecimento dos preços se deu de forma mais intensiva a partir dessa
data, sendo 2009 e 2010 anos de maior procura por imóveis.

Outra decepção é a dificuldade de encontrar informações concretas sobre o programa Minha Casa Minha Vida, como a quantidade de pessoas atendidas, o percentual dos imóveis construídos já entregues etc. Procurei informações no site da Caixa Econômica Federal... No site do BACEN há informações sobre financiamento residencial, mas os dados são inúmeros e as informações estão em PDF. Vou ver se consigo contactar o local para informações mais acessíveis.

Abaixo estão apenas dois gráficos. O primeiro tem dados do IBGE e mostra os preços ao consumidor (IPC), o índice geral de preços médio (IGP-M) - que indexa boa parte dos contratos de aluguel e o custo médio do metro quadrado construído. Nota-se que as séries começam a ter níveis distintos em fins de 2002. No primeiro trimestre de 2003 a série de custo da construção se descola do IPC. No início de 2010 a série do IGP-M volta a se equiparar com o custo da construção.

O segundo contém dados do IPEA. Mostra os estoques líquidos e brutos da construção civil, geral e residencial apenas. A construção residencial cresce a um ritmo superior à construção em geral.


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